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“Congresso da Mamata”: campanha viraliza e detona Hugo Motta e Alcolumbre. Após a derrubada da atualização do IOF, o presidente da Câmara dos Deputados se tornou um dos principais alvos
A disputa política entre o governo Lula e o Congresso Nacional se estende há uma semana, após a derrubada do decreto que retirava isenções concedidas a bancos por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Porém, dessa vez, o conflito ganha novos contornos que se desdobram também nas redes sociais, como revela a pesquisa da Nexus, divulgada nesta quinta-feira (3).
Desde o início do conflito, mais de 1,4 milhão de publicações marcam a mobilização nas redes, que fez o Congresso Nacional "tremer na base", pensando na corrida eleitoral de 2026. O período analisado pela pesquisa Nexus compreende o intervalo de 23 de junho a 3 de julho.
As hashtags
e #CongressoInimigoDoPovo #CongressoInimigoDoPovo despontaram entre os assuntos mais comentados no X (antigo Twitter), após a revogação da medida provisória.
O termo #CongressoInimigoDoPovo foi citado cerca de 408,2 mil vezes, #CongressoDaMamata mais de 502 mil vezes, #HugoMottaTraidor foi mencionado 238,7 mil vezes, #RicosPaguemAConta em torno de 83,1 mil vezes, #HugoMottaNãoSeImporta teve 12,7 mil publicações, e #AgoraÉAVezDoPovo ultrapassou 184 mil publicações.
Veja o total de publicações mencionadas para cada hashtag da pesquisa:
#CongressoInimigoDoPovo: 408,2 mil
#CongressoDaMamata: 502 mil
#HugoMottaTraidor: 238,7 mil
#RicosPaguemAConta: 83,1 mil
#HugoMottaNãoSeImporta: 12,7 mil
#AgoraÉAVezDoPovo: 184 mil
Total: mais de 1.428.700 publicações
Dando nome aos bois
Nas redes sociais, usuários acusaram o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o atual presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de agir em favor dos bancos e contra os interesses populares. A alcunha de "Congresso da Mamata" voltou a circular com força, associando o caso à manutenção de privilégios.
Apesar da repercussão negativa, o Congresso manteve silêncio oficial sobre a crise, recorrendo à imprensa tradicional para divulgar os ataques dos internautas às principais figuras responsáveis pela derrubada do decreto. Foi necessário até mesmo recorrer à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que pediu respeito aos parlamentares na última quarta-feira (2).
"O debate, a divergência, a disputa política fazem parte da democracia. Mas nada disso autoriza os ataques pessoais e desqualificados nas redes sociais contra o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta, o que repudio. Não é assim que vamos construir as saídas para o Brasil, dentre as quais se destaca a justiça tributária. O respeito às instituições e às pessoas é essencial na política e na vida", afirmou Gleisi na ocasião.
Guerra do IOF abre espaço para mais pautas progressistas
Em meio à cruzada digital dos brasileiros contra a Casa que deveria seguir os desejos da população, ressurgem pedidos de atenção a outras pautas progressistas, como a taxação de grandes fortunas, barrar o aumento no número de deputados, o fim da jornada de trabalho 6×1 e os gastos dos parlamentares.
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