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A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que a parlamentar ameaçou iniciar uma greve de fome após ser presa na Itália, mas recuou da decisão
A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que a parlamentar ameaçou iniciar uma greve de fome após ser presa na Itália, mas recuou da decisão. Zambelli está detida no Instituto Penitenciário de Rebibbia, em Roma, desde a última terça-feira (29/7), e permanecerá sob custódia enquanto aguarda o processo de extradição para o Brasil.
Segundo os advogados, a deputada teria considerado o protesto em resposta às condições de sua detenção e à situação jurídica, mas decidiu não levá-lo adiante. Em audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (1º/8), a Justiça italiana manteve sua prisão preventiva.
A parlamentar foi presa após o deputado italiano Angelo Bonelli informar sua localização às autoridades. Zambelli havia deixado o Brasil por via terrestre no fim de maio, poucos dias após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de falsidade ideológica e invasão de sistema informático, em um caso envolvendo a plataforma do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que já está atuando junto às autoridades italianas para concluir o processo de extradição. A sentença também inclui uma indenização de R$ 2 milhões, a ser paga por Zambelli e pelo hacker Walter Delgatti Neto, apontado como seu cúmplice.
Apesar da condenação, a perda do mandato só será efetivada após o trânsito em julgado da decisão. A defesa de Zambelli ainda tenta reverter a sentença, alegando cerceamento de defesa por suposto acesso limitado a provas do processo. No entanto, a equipe jurídica que protocolou o recurso abandonou o caso após a fuga da parlamentar para o exterior.
A prisão preventiva foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também solicitou a inclusão do nome da deputada na lista de procurados da Interpol. A decisão considerou que a conduta da parlamentar comprometeu a segurança do Judiciário e ameaçou a integridade dos sistemas da Justiça brasileira.
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