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Estrela consagrada da MPB escolheu a capital mineira para abrir a turnê "Phonica – Marisa Monte & Orquestra Ao Vivo"
Marisa sempre soube aliar sofisticação ao apelo popular. O show deste sábado foi exemplar nesse sentido, com a adesão apaixonada do público e com suas composições ganhando "novas cores", como diz André Bachur, o maestro à frente da orquestra. De violão em punho, ela entrou no palco pontualmente às 19h30, e abriu os trabalhos com "Vilarejo".
"O que você quer saber de verdade" foi a segunda música do roteiro, com a plateia cantando a plenos pulmões. Depois de saudar o público, dizendo que é sempre muito bem recebida em BH, emendou "Infinito particular". Marisa visitou o repertório dos Tribalistas, projeto que divide com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, com "Carnavalizar".
Nova música
O som da banda que a acompanha, e que dividiu o palco com a Orquestra, assumiu protagonismo. Marisa entoou "Maria de verdade". Na sequência seguiu com "Ao meu redor", esbanjando os seus recursos de cantora lírica, e com a novíssima "Sua onda", lançada há pouco mais de uma semana. Disse que queria, em meio ao repertório revisionista, apresentar alguma coisa que apontasse para o futuro.
Marisa voltou a contar com o coro da plateia com "Ainda bem", regendo de braços erguidos a multidão. "Par perfeito" e "Amor I Love you", executadas em seguida, instauraram o momento romantismo transbordante do show. Os primórdios da carreira da cantora foram lembrados com "Diariamente".
Ela, então, apresentou sua banda: Dadi (guitarra e violão), Alberto Continentino (baixo), Pupilo (bateria) e Pedrinho da Serrinha (percussão). E retomou os tempos idos com "Beija eu". Depois de "Só você", Marisa cantou o choro " De mais ninguém", remodelado pelo arranjo orquestral.
O desfile de sucessos seguiu com "Depois", "Ainda lembro" e outros tantos de seu vasto cancioneiro. Depois de a plateia gritar em uníssono "sem anistia" - e Marisa devolver um "que maravilha, viva a democracia" - veio "Segue o seco", que ganhou uma introdução com o som da orquestra se elevando.
Ela então apresentou os naipes da orquestra e Bachur, "grande parceiro nesse projeto". Na sequência, cantou a tropicalista "Panis et circensis" e seguiu na lavra de Gilberto Gil com "Cérebro eletrônico", com uma algo surpreendente cadência fundada. A pegada dançante se manteve em "Feliz, alegre e forte", com as sonoridades da orquestra e da banda perfeitamente equacionadas.
Marisa visitou seu álbum de estreia executando o samba "O canto da sereia", que, a despeito do arranjo orquestral, manteve a ginga. "Magamalabares" manteve o pique para o show chegar ao final com o astral alto. Puxou "Velha infância" dos Tribalistas para cantar junto com a plateia, reafirmando o lugar de "diva", como o público a saudou no início da apresentação.




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