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Após a megaoperação policial realizada nesta segunda-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, que resultou na morte de 64 pessoas, famosos se manifestaram nas redes sociais criticando a ação.
A atriz Debora Bloch publicou um vídeo da deputada federal Benedita da Silva (PT), e afirmou: "a maior chacina do estado do Rio de Janeiro não é política de segurança, é política de extermínio."
A atriz Debora Bloch publicou um vídeo da deputada federal Benedita da Silva (PT), e afirmou: "a maior chacina do estado do Rio de Janeiro não é política de segurança, é política de extermínio."
A jornalista Rachel Sheherazade classificou a operação como “desastrosa” e “sangrenta”, acusando-a de configurar uma “execução sumária” de moradores periféricos. “A polícia entrou para cumprir 100 mandados de prisão, não para cometer 60 execuções”, afirmou, criticando ainda a celebração de parte da população diante do resultado da ação. "Essas pessoas não têm nome, não têm rosto, e principalmente, não têm dinheiro. São favelados, pretos, pardos, desafortunados. Morrendo muitos, ainda assim, não farão falta. Assim pensam alguns", declarou.
Sheherazade questionou a seletividade das ações policiais: "Os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios de mansões e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?” Ela concluiu ressaltando que os próprios policiais também são vítimas do sistema: "O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. Ele é o bucha de canhão. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, mas a culpa da chacina é de quem manda matar.”
Outros nomes do meio artístico também se manifestaram. Alice Wegmann escreveu: "Não se anestesiar com o absurdo do Brasil". O escritor Itamar Vieira Junior, autor de Torto Arado, questionou: "Alguém consegue dormir tranquilo depois do banho de sangue promovido pelo governador do Rio de Janeiro? Até quando vamos normalizar essa carnificina?" Já a desembargadora e escritora Andrea Pachá afirmou: "Terça-feira. Dia. 64 mortos. Quem não se escandaliza com essa realidade nem gente é. O Rio de Janeiro não merece tanta dor."
Outros nomes do meio artístico também se manifestaram. Alice Wegmann escreveu: "Não se anestesiar com o absurdo do Brasil". O escritor Itamar Vieira Junior, autor de Torto Arado, questionou: "Alguém consegue dormir tranquilo depois do banho de sangue promovido pelo governador do Rio de Janeiro? Até quando vamos normalizar essa carnificina?" Já a desembargadora e escritora Andrea Pachá afirmou: "Terça-feira. Dia. 64 mortos. Quem não se escandaliza com essa realidade nem gente é. O Rio de Janeiro não merece tanta dor."
A jornalista Míriam Leitão, em comentário no Bom Dia Brasil, qualificou a operação como “mal planejada” e “desastrosa” pela alta letalidade. Segundo ela, até esta quarta-feira (29), 64 mortes haviam sido confirmadas pelo governo, mas moradores teriam levado mais de 60 corpos a uma praça na Penha, e o número de mortos pode chegar a 129. "As palavras são 'tragédia' e 'desastrosa'. Essa operação foi desastrosa. O Rio ainda está contando os mortos. Então, é um desastre isso. Não teve planejamento. Se tivesse planejamento, não teria acontecido isso", disse Míriam.
A jornalista também criticou a postura do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, que, segundo ela, teria tentado culpar o governo federal: "O primeiro movimento do governador de culpar o governo federal foi quando ele viu que estava começando a dar errado. O erro é o governador convocar os governadores de direita. Como assim? Ele falou que não era para politizar, ele está politizando. Ele tem que se reunir com o governo federal."


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