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Líderes da oposição escantearam o presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) na quarta-feira (6), no dia mais tenso do Congresso em anos, e procuraram o ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) para costurar um acordo que fizesse os parlamentares bolsonaristas desocuparem o plenário.
Nos relato de pelo menos cinco líderes de partidos se reuniram na sala do ex-presidente da Câmara para fechar um acordo que permitisse a retomada dos trabalhos.
Desde terça-feira (5), parlamentares bolsonaristas ocupavam a Mesa Diretora da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Eles exigiam que Motta pautasse o projeto de lei de anistia para os réus dos atos golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado para autoridades.
Segundo participantes da reunião disseram o acordo feito inclui a chamada PEC das Prerrogativas, que já deve ser pautada na próxima semana. Falta somente acertar a forma e fechar o texto final sobre o tema.
A PEC das Prerrogativas restringe a prisão em flagrante de parlamentar somente quando houver crimes inafiançáveis listados na Constituição, como racismo e crimes hediondos. Deputados bolsonaristas querem também que parlamentares só possam ser alvos de medidas judiciais dentro do Congresso com aval do Legislativo.
Ainda faz parte do pacote do acordo fechado com Lira, segundo a oposição, aprovar a mudança do foro privilegiado para que processos contra autoridades que hoje são de competência do STF, passem a tramitar em instâncias inferiores.
A anistia, segundo relatos colhidos pelo blog, não seria pautada agora, mas a pressão vai continuar.
Só depois dessa pauta pacificada com Lira foi que Motta conseguiu retomar a Câmara, relatam líderes.
Um líder bolsonarista disse ao blog que o “café de Motta é frio e o de Lira sempre foi quente”. Por isso, recorreram ao ex-presidente da Câmara.
Resta saber agora se Motta, avaliam, vai cumprir o que foi acertado entre líderes de oposição e Lira.
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