O blog do Magal - Opinião, cultura, economia e Política
Magalhães Pinto, velho político da UDN de Minas Gerai, diizias: “Política é como nuvem, cada hora está de um jeito”.
Bem amigos e amigas do Facebook,não sei se vocês pensam como eu, mas essas pesquisas eleitorais para a presidência da República, a 16 meses do primeiro turno de 2026, são peças de ficção. Muita água ainda vai passar debaixo da ponte até outubro de 2026.
A rigor, o contorcionismo dos institutos de pesquisa para avaliar nomes, em muitos casos a pedido dos partidos políticos que ensaiam candidaturas no ano que vem, serve para avaliar a transferência de votos entre o clã Bolsonaro, e para governadores que já não podem mais se candidatar à reeleição verem se conseguem projeção fora de seus próprios estados. Quem não romper os limites estaduais pode desistir da presidência ou de um papel de vice. Resta contentar-se com uma eleição mais garantida, para o Senado.
Na verdade, como indicou a pesquisa Quaest, o brasileiro está cansado da polarização e clama por alternativas a Lula e a Bolsonaro. O deputado e ex-capitão foi eleito em 2018 porque o eleitorado estava saturado do PT no poder e influenciado pelos escândalos da Lava-Jato. Com um detalhe fundamental, o ex-presidente Lula estava preso em Curitiba, pelas artimanhas do então juiz Sérgio Moro, e não pôde concorrer. Coube ao atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assumir a candidatura, em agosto de 2018.
Na eleição de 2022, depois que o Supremo Tribunal Federal considerou que Moro não tinha competência para processar Lula, que foi solto após 580 dias e teve os processos anulados, a população pôde escolher e preferiu a volta de Lula à continuação do desastre que foi o governo Bolsonaro no desmonte dos programas sociais e ambientais. Bolsonaro, o primeiro presidente a perder uma reeleição, não se conformou com a derrota (antes, durante e após o processo eleitoral) e arquitetou um golpe. Agora, está inelegível por oito anos e pode ter suas penas agravadas no julgamento que será retomado esta semana.
Mas o fato de que 65% dos eleitores pesquisados tenham demonstrado rejeição à hipotética volta de Bolsonaro (condenado a oito anos de inegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral) e 66% sejam contra nova candidatura Lula (que faz 80 anos em outubro), dá o que pensar. A população sonha com alternativas. Mas, até agora, os postulantes não empolgam. Sem alternativa a Lula, ainda competitivo, o PT e partidos à esquerda insistem na sua liderança contra qualquer candidato do espectro da direita e ultradireita.
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