Monique Medeiros, presa pela morte de Henry Borel, perde ação contra Secretaria de Educação

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A defesa pedia uma indenização de R$100 mil por danos morais devido às declarações feitas pelo secretário

 Renan Ferreirinha, em 2023

Monique Medeiros, presa pela morte de Henry Borel, perde ação contra Secretaria de Educação



Monique Medeiros permanecerá presa no Complexo de Gericinó, em BanguPedro Teixeira/Arquivo/Agência O Dia


Monique Medeiros, presa por envolvimento na morte do filho Henry do Borel, perdeu uma ação na Justiça contra a Secretaria Municipal de Educação. A defesa pedia uma indenização de R$100 mil por danos morais devido às declarações feitas pelo secretário Renan Ferreirinha quando ela retornou ao trabalho, em 2023.

Na ocasião, Ferreirinha demonstrou descontentamento com o retorno dela à pasta. "Se dependesse de mim, Monique Medeiros já teria sido demitida há muito tempo, mas sabemos como a Justiça demora no Brasil. Desde que aconteceu este caso absurdo, instauramos um processo administrativo, mas como ela foi solta pela Justiça e ainda não houve sentença condenatória, a orientação jurídica recebida pela Secretaria é de que não há como a servidora ser afastada e ter a remuneração suspensa", afirmou.

O secretário reforçou ainda que era importante a manter fora das salas de aulas. "Ela retornou ao trabalho em função administrativa no almoxarifado da Secretaria, longe da sala de aula e das nossas escolas. Precisamos todos, como sociedade, cobrar mais agilidade na conclusão do julgamento para que a justiça seja feita em nome e memória do menino Henry", disse.
Servidora concursada, Monique havia sido designada para uma função administrativa no almoxarifado quando teve a prisão preventiva revogada. No entanto, em julho de 2023, ela voltou para o presídio, em Bangu, na Zona Oeste, onde aguarda um novo julgamento.

Até agosto de 2020, ela exercia o cargo de diretora na Escola Municipal Ariena Vianna da Silva, no bairro de Senador Camará, na Zona Oeste da cidade. Depois, pediu exoneração do cargo e passou a atuar no gabinete do conselheiro Luiz Antônio Guaraná, no Tribunal de Contas do Rio (TCMRJ). A mãe de Henry foi exonerada em março de 2021, época do crime, mas não perdeu a matrícula no município por ser concursada e estar licenciada.

A decisão de negar o recurso foi tomada pela 10ª Câmara de Direito, por unanimidade de votos. A ação era movida por danos morais, fundamentada em assédio moral.

No documento, a desembargadora relatora Cláudia Nascimento Vieira explica que não houveram características de abuso de conduta intencional e ataque à dignidade da servidora.

"O juízo a quo julgou improcedente o pedido porque entendeu que não restaram demonstrados os danos morais. A manifestação foi de caráter meramente informativo. A oitiva dos vídeos revela que o Secretário simplesmente esclarece quais medidas a pasta vem tomando quanto à servidora, ora apelante, no que tange a sua lotação, não se verificando qualquer excesso praticado nas declarações do dirigente Secretário", diz um trecho do documento.

A desembargadora acrescentou também que "o referido agente público, no interesse de resguardar a servidora de sofrer maiores transtornos ou até mesmo um dano físico, levando em consideração a maior exposição que teria nas salas de aulas, lotou-a para um setor interno da pasta, passando a realizar atividade administrativa".



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