Após 13 anos Jocimar Nascimento Neves é condenado por homicídio de Yuri Alves e três tentativas de assassinato

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Justiça atrasada não é Justiça, senão injustiça qualificada e manifesta. Rui Barbosa

 Empresário é condenado a 40 anos por assassinato de grafiteiro em Macaé Júri reconhece culpa de Jocimar Nascimento Neves por homicídio de Yuri Alves e três tentativas de assassinato ocorridas em 2012


Após 13 anos  Jocimar Nascimento Neves é condenado por homicídio de Yuri Alves e três tentativas de assassinato


Quase 13 anos após o crime, justiça é feita para o jovem grafiteiro Yuri Alves Neves, morto em 2012 durante intervenção artística em MacaéFoto: Reprodução

 O empresário Jocimar Nascimento Neves foi condenado a 40 anos de prisão pelo homicídio do jovem grafiteiro Yuri Alves Neves e por três tentativas de homicídio contra outros rapazes, em um crime que chocou Macaé há quase treze anos. A sentença foi definida na madrugada desta quinta-feira (15), no Tribunal do Júri da Comarca de Macaé, após um julgamento aguardado por familiares, amigos e pela sociedade local.
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a motivação do crime foi considerada torpe, e a forma como ocorreu dificultou qualquer chance de defesa das vítimas. Na época, no dia 8 de agosto de 2012, Yuri e três colegas realizavam uma intervenção artística com grafite em uma casa abandonada quando foram surpreendidos pelo empresário, vizinho do local. Jocimar abriu fogo contra os jovens, atingindo Yuri pelas costas. Apesar de ter sido socorrido e levado ao Hospital Público de Macaé, o grafiteiro não resistiu aos ferimentos.
Durante o julgamento, os promotores destacaram que nenhum dos jovens ofereceu ameaça ao réu. A condenação, segundo a coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Júri do MPRJ, promotora Simone Sibilio, representa uma resposta à comunidade de Macaé, que aguardava justiça enquanto o acusado permanecia em liberdade.
“Essa condenação foi essencial para mostrar que o tempo não anula a responsabilidade criminal. Mesmo com recursos e demora, a impunidade não venceu”, afirmou Sibilio. Após o veredito, o juiz decretou imediatamente a prisão de Jocimar, atendendo ao pedido do MPRJ.
O caso, que por anos simbolizou a sensação de injustiça na cidade, agora encerra um ciclo com a condenação de seu autor. O julgamento também reafirma a importância da arte como expressão legítima e reforça o direito à vida e à liberdade de criação.


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