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A sina do Rio parece beirar a maldição. Para um estado que já teve cinco governadores presos – Moreira Franco, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral (de todos o mais escandaloso) e Luiz Pezão -, fora o afastamento de Wilson Witzel, as perspectivas não são boas.
Isso por que Cláudio Castro (PL-RJ), vice de Witzel, que assumiu em seu lugar e foi reeleito, armou um circo para sua sucessão patrocinado por Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Alerj, também conhecido como gênio do mal.
O plano corre conforme o planejado. Castro já indicou seu vice, Thiago Pampolha (MDB) para o TCE-RJ – candidatura acatada essa semana -, a fim de abrir espaço à sua sucessão por seu indicado ao cargo, Bacellar. Dessa forma, o presidente da Alerj já concorre ao governo do estado como titular.
Sorte é que haverá um Eduardo Paes (PSD) competitivo, Bacellar, porém ficará mais conhecido e terá a máquina do estado à sua disposição.
Além de alvo de uma investigação sobre possíveis irregularidades com imóveis a ele relacionados, foi o presidente da Alerj quem teria arquitetado a tramoia que reelegeu Castro – daí o apelido citado acima, cunhado pelo desembargador Peterson Barroso Simão, do TER-RJ.
Simão chegou a votar pela cassação e inelegibilidade de Castro e de Bacellar, em maio de 2024.
Ambos eram investigados no processo sobre desvios no Ceperj. Só na agência de Campos (base de Bacellar) foram sacados na boca do caixa R$ 12 milhões antes do Judiciário interromper a operação, considerada uma verdadeira distribuição de dinheiro público em ano eleitoral.
Em bom português: os votos que elegeram os dois em seus respectivos cargos teriam sido comprados. E, para Simão, o autor intelectual da tramoia foi Bacellar (difícil imaginar que Cláudio Castro tivesse tamanha capacidade intelectual...)
Só que a maracutaia até agora não conseguiu romper as barreiras impostas pelos meliantes, cujos planos se desenrolam conforme o esperado (para eles). E não será difícil imaginar que Bacellar possa ser eleito próximo governador do Estado do Rio em 2026. Só não se sabe até quando...
Por ironia do destino, quem tem se manifestado contra a candidatura de Bacellar são os bolsonaristas. Será porque exaustos de tanta roubalheira (da qual são sócios)?
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