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Presidente Lula e Gleisi Hoffmann — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O presidente Luiz Inácio Lula Silva anunciou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) como ministra das Relações Institucionais. Ela assumirá o cargo no dia 10 de março, no lugar de Alexandre Padilha, que vai para a Saúde. Presidente do PT, Gleisi viaja nesta tarde com Lula para a posse do novo presidente do Uruguai, Yamandú Orsi."A companheira e deputada federal Gleisi vai integrar o governo federal. Vem para somar na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, na interlocução do Executivo com o Legislativo e demais entes federados. O Padilha assumirá o Ministério da Saúde. Bem-vinda e bom trabalho", postou o presidente Lula nas redes sociais na tarde desta sexta-feira.
Em conversas com auxiliares nos últimos dias, Lula vinha demonstrando preferência pelo nome de Gleisi, que foi ministra da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff e coordenou a campanha à Presidência em 2022. O presidente relembrou a interlocutores que Gleisi foi responsável por construir a aliança do pleito em que Lula derrotou Jair Bolsonaro, então candidato à reeleição.
A escolha também abre caminho para resolver a sucessão no PT. O favorito de Lula é o ex-ministro Edinho Silva, mas havia o entendimento no Palácio do Planalto de que era necessário definir o destino de Gleisi antes.
Na semana passada, em evento de aniversário do PT, no Rio, Lula fez elogios a Gleisi:
— Graças a Deus, o partido compreendeu a necessidade de eleger você (presidente do PT). Não teria ninguém mais capaz. Homem nenhum aguentaria o que você aguentou — disse.
Gleisi tem boa relação com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre, mas, como mostrou O GLOBO, integrantes de partidos do Centrão, inclusive ministros do governo, vinham demonstrando contrariedade com a possibilidade de o PT manter o comando da articulação política após a saída de Alexandre Padilha. O receio era maior especialmente diante da possibilidade de Gleisi assumir o posto, em função da avaliação de que ela não teria um bom trânsito com partidos de centro.
Aliados de Alcolumbre e Motta vinham dizendo que havia uma concordância na cúpula das duas Casas de que o melhor cenário seria ter um deputado fora do PT para comandar a SRI. No entanto, mesmo ministros ligados aos presidentes das Casas viam em Lula vontade de manter o PT no comando da pasta.
Eram cotados para o posto também o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), do Republicanos, e o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões.
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